Diversos indícios fundamentam um modelo de abastecimento de água corrente à área urbana.
Uma grande bacia natural a Norte, numa zona de solos impermeáveis, captava água, ligada a uma pequena albufeira de decantação represada por uma barragem, situadas no lugar da actual praça da Luz de Tavira.
A água era então transportada por um aqueduto, que se dividia em vários ramais (aparentemente de 3 a 5). Estes abasteciam directamente os principais pontos de consumo (termas, fábricas de salga, porto, etc.), sendo as restantes zonas abastecidas a partir de centros de depósito e distribuição, situados no topo das encostas.
Nesta fase final da rede, a água circulava em canos cerâmicos e de chumbo.
A parte hipodâmica da cidade (com arruamentos perpendiculares entre si) possuía uma rede de esgotos subterrânea, que acompanhava provavelmente o traçado das ruas.
Existiam ainda duas nascentes importantes, podendo ter havido outras. Uma delas, no flanco da acrópole da Torre d'Aires, destinar-se-ia à aguada portuária, sendo provavelmente uma das principais fontes de abastecimento do povoado primitivo, antes da construção do sistema canalizado.
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